domingo, 23 de setembro de 2012

travesseiro de carro

Nao que seja absolutamente essencial, mas que quebra um galho legal, é!
Tanto quando ele era menorzico devia ser bom, mas a gente nao tinha, era só o que tinha na estrutura da cadeirinha mesmo.
Mas depois que aquele ficou pequeno e elevamos a curva de acordo com o tamanho dele, a cabeça do bebe ficava jogando de um lado pro outro no carro. principalmente quando ele dormia, o que no caso do Edgar é quase sempre. Eu, com dó, ficava com a mao amparando, prestando atençao no caminho pra saber pra que lado ia jogar... ou seja tensao e braço dolorido.Tambem costuma ser mais fresquinho que o encosto da cadeirinha, agora ele nao acorda todo suado.

Esse travesseirinho garantiu meu sossego, funciona legal tanto pra evitar dores (nos dois) e ele fica com o soninho bem mais tranquilo.


E ainda costuma virar brinquedo pra ele distrair enquanto o sono nao vem...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A arte de ser avó



Quarenta anos, quarenta e cinco. Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as sua compensações - todos dizem isso, embora você pessoalmente, ainda não as tenha descoberto - mas acredita.

Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade.
Não de amores nem de paixão; a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? 

Naqueles adultos cheios de problemas, que hoje são seus filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino que se lhe é "devolvido". 

E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito sobre ele, ou pelo menos o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo ou decepção, se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho a certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avô, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto...

No entanto! Nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do neto. Não importa que ela hipocritamente, ensine a criança a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha" e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante nos triângulos conjugais. 

A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe banho, veste-o, embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
Já a avó não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulito. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso dos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café, mexer na louça, fazer trem com as cadeiras na sala, destruir revistas, derramar água no gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser - e até fingir que está discando o telefone. Riscar a parede com lápis dizendo que foi sem querer - e ser acreditado!
Fazer má-criação aos gritos e em vez de apanhar ir para os braços do avô, e lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...

Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós com seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto!
E quando você vai embalar o neto e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz "Vó", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe castiga, e ele olha para você, sabendo que, se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade.

Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menino - involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beicinho pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague.
Rachel de Queiroz

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

primeiro xixi no penico!!!

A vó deu a dica... ele ta ficando com medo porque nao alcança o chão; coloquei um apoio e hoje ele ficou de boa uns 15 minutos olhando livrinho e imitando bicho. Quando pediu pra sair eu peguei no colo e disse que iamos brincar na banheira. liguei o chuveirinho e pus ele de novo sentado no penbiquinho pra esperar a banheira encher brincando com o peixe esponja.  Eu reparei que sempre que ele ta pra fazer ele fica agitado e pede pra sair (do pior jeito obvio que é tomando xixizada no colo ou no chao antes de por a fralda); mas como obviamente é muito cedo pra desfraldar o menino e estamos só na fase ludica, eu só deixo ele peladinho sentado no troninho enquuanto brinca um pouquinho pra se acostumar, eu nao tinha a minima esperança...
E ai o troninho começou a cantar eeeeh! Eu fiz tanta farra, demos tchau pro xixi na descarga, fiquei cantando  que legal fazer xixi sem fralda,blablabla... e ele ria me olhando com cara de "olha que louca que ela é..."

Digo de novo, é só pra festa... nao espero que a partir de hj ele prefira o penico! mas que eu fiquei mega orgulhosa fiquei mesmo.
Ja sabem né... fotos so no fim de semana

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

calor

eu sei, prometi ser um pouco mais presente esste mes, e passamos da metade já...
mas esse calorao de deserto ta dificultando muito as coisa. Edgar dorme pouco e passa grande parte do tempo irritado com o calor. nada distrai ele por mais que dois minutos. Eu levo ele pra rua o mais que dá, invento tudo quanto é motivo pra enfiar a criança na agua... e quando ele finalmente capota um pouquinho, eu literalmente nao tenho vontade de levantar um dedo.

Mas ta tudo tranquilo, ele aprende mais gracinhas, continua sociavel demais, seu equilibrio ta cada vez melhor. ..
Eu que estou meio em baixa hoje, porque fui levar o resultado dos ultimos exames para a minha medica e nao foi tao sossegado. Estou bem recuperada do ultimo episodio, mas o tal do coombs ta dando positivo. Eu leiga que era achava que era so tomar a roghan e tudo certo... mas pelo jeito a vacina é pra impedir a formaçao dos anticorpos de rh, e se eles se reproduzem eu estou sensibilizada e pronto... gravidez de risco forever.  Mas nao adianta se desesperar antes da hora mesmo, vou repetir o exame no mes que vem ja que o  numero foi tao baixo que pode ser q ainda tenha esperança de uma "remissao".


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

11 mes


- Imita o pai roncando
- ensaiando comer de colher
- adora brincar de fugir se debate inteiro tentando correr do "perseguidor"
- passa rodo na casa e puxa o carrinho e a mala de trabalho do pai de andador







- comeu terra pela primeira vez
- apontar e tocar as coisas com o indicador esticadinho
- faz nao com o dedo









- abanar fedor e fazer brrrr quando faz pum e coco ( escatologia a parte, é meu jeito de facilitar e adiantar o desfralde...eu faço festa quando ele faz pra que me avise)
- pega as coisas com so uma mao
- consegue levantar sozinho de sentado para em pe com apoio
- permanece de pé sozinho por uns segundos
- ja deu  tres passos sem apoio
- o fatidico tombo de andador ( foi so um degrau e eu segurei no ar, mas traumatizou - eu ne? porque ele continua usando)
- imita leão
- tenta dar comida dele para as gatas
-  bebe copo de canudinho
- bebe no copo comum com assistencia
 - Perdeu o medo do chuveirao e se diverte com a agua caindo

Vai assim mesmo porque estou numa correria sem fim com a enrolaçao normal da rotina (cuidar de bebe pré andante e tentar fazer o minimo da casa (minimo mesmo, lavar louça quando nao cabe mais na pia, lavar roupa e passar as camisas de trabalho do vi e olhe la... pano no chao ja é tarefa extra ultimamente!). Pra completar tem o aniversario dele chegando e eu correndo pra dar conta de mexer no computador pra fazer convite retrospectiva e decoracao(se sobrar tempo,kkk)








sexta-feira, 7 de setembro de 2012

a maluca sou eu???

ou como a gente deixa o senso comum influenciar nossa maternagem...

   Eu sempre achei engraçada aquela cena da criança tacando comida no chão, ou cuspindo comida enquanto um adulto  irritado tenta falar 5000x não, ao que a crianca responde com mais repetições rindo as gargalhadas do adulto que fica cada vez mais vermelho de raiva!
E não é que de tanto ver  os mais velhos , e de um dia de cansaço me vi repetindo isso? lá pela 4ª vez que eu parei pra rir da situaçao (da minha propria cara!) e reparar que aquilo nao era eu. Peguei alguma coisa que tava dando sopa ali em cima da mesa e dei pra ele, que começou investigar o novo objeto enquanto eu retomava o seu almoço até a ultima colherada...
Podia nao dar certo, ele podia ter tacado o objeto tambem, e eu procuraria outra coisa ou entenderia que ele nao quer mais comer e fim da cena.
SIM, eu deixo meu filho enfiar a mao na comida, passar no cabelo... importante é que ele come bem e nao rejeita nada, ja começa a tentar comer sozinho inclusive com a colher...
To errada? Engravida, e faz do seu jeito! revoltei,kkk

   Outra prova de insanidade (segundo a regra social ,minha obviamente)
O Ivan trouxe um monte de roupas da viagem pro Edgar, ficou tudo numa sacolinha dando sopa pela sala a espera das avos darem uma namorada. Aí que a graça do mocinho é tirar as coisas de caixas e gavetas e claro sacolas (talvez fruto da convivencia com as gatas, outra megainsanidade toda minha).
Mas ontem no meu colo, nao contente em arrancar as roupas da sacola, ele olhava pras peças que nao cairam no chao, olhava pra mim e pegava de novo a mesma peça com cara de bravo e lançava com força no chão. Eu? Ri, logico!
minha mae vendo aquilo me diz pra nao rir e nao deixar ele fazer porque se eu nao proibir agora ele vai fazer sempre. Vem la da cozinha, olha feio pro menino e diz nao pode.  Ele olha pra cara dela, pra minha e pra sacola que vai num piscar todinha pro chao... Eu ri, peguei algumas peças que estavam mais perto de nos e ele voltou a brincar de derrubar tudo. Ela foi brava de volta pra cozinha falando de como eu estava estragando o neto DELA...
Minutos depois, Edgar resolve que cansou das roupas, desce para o chao e pede minha mao para andar.
eu deixo ele fazendo birrinha enquanto digo que primeiro vou recolher as roupas que ele brincou; aí ela olha pra mim e diz:
                        - e voce acha que ele vai entender que nao pode fazer o que ele quer porque voce ta fazendo outra coisa???








feriadao... enfim descansar?

Reza a lenda que finalmente o computador vai ser digno de uso.
Entao voltamos a programaçao normal... as ultimas semanas foram cheias de agito e esperamos usar esse dia a mais para "descansar"(passar roupa, lavar e cozinhar e dar conta da pilha recarregavel do menino faz parte...)

e ver capitulo final de novela, fazer sessao pipoca de filme atrasado e talvez postar uns comentarios maternias que me passaram nos ultimos dias... sera que é um sonho sonhavel???

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

mamae 3.2

o dia mesmo é 3, mas.... segundao de ressaca, com um monte de roupa pra lavar  e faxina por fazer... com o plus de um mocinho totalmente mimado que so quer saber de colo e nao aceita o minimo contrario... depois da semana de overdose de avos pra todos os lados!
muitissimo grata a quem conseguiu registrar esse momento rarissimo 
acabou valendo por domingo, que ja foi muito bom tambem... teve o mesmo de sempre, bagunça, farra, comilança, familia, amigos... eu que nao tava mais acostumada com bebida paguei uma ressaquinha curtida na segunda de manha. Mesmo assim os mais chegados ainda deram uma passadinha por aqui pra fazermos um parabens a mais de noite... tadinhos, ganharam lanche de padaria e pegaram o menino exausto dormindo apesar da nossa bagunça.


O proximo parabens é o dele! grita eehhhh! ... vcs ne pq eu grito AAAAAH! correria total pra montar tudo,  e muita reza pra conseguir comemorar com ele.
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